.......A relação entre mineração e sustentabilidade não raras vezes é vista como paradoxal, refletida no cotejamento das visões distintas que referendam a verdade e as contradições aparentes entre ambas. De um lado, está a importância fundamental dos bens minerais para o desenvolvimento da civilização, sua evolução tecnológica e os impactos positivos na qualidade de vida; de outro, a contradição lógica das práticas da mineração tradicional, que podem causar danos ambientais significativos, levantando questionamentos sobre sua efetiva sustentabilidade.
.......Desse paradoxo origina-se um ente, com feição utópica, de que o convencimento de parte substancial da sociedade de que a adoção de práticas responsáveis – as “boas práticas” – possa ter o condão de parecer e convencer que a mineração é efetivamente sustentável. Nessa linha, os acidentes de Mariana e Brumadinho agem no sentido contrário no subconsciente coletivo, indicando que a defendida sustentabilidade não passaria de mera implementação de sistemas de gestão ambiental e de riscos, com o objetivo de conter passivos ambientais. A administração do que pode ser visto parece preponderar – à luz dessa mesma visão – sobre o que se faz efetivamente, lançando dúvidas que prosperam num cenário de não admissão de erros, de falta de transparência e descompromisso por parte da mineração.
.......A reflexão sobre essa dualidade da disponibilidade de bens minerais e da responsabilidade no exercício da atividade, ambos desejados pela sociedade, está direcionando as ações para a busca do equilíbrio para que de fato se sustentem, eliminando o paradoxo hoje visto. Esforços são vistos para construir uma nova cultura da mineração no país, gestados nas melhores mentes que buscam soluções tecnológicas das mais diferentes naturezas, bem como novos caminhos de comunicação e de entendimentos com a sociedade. As mais de 8 mil minas existentes no país, dos mais diferentes portes, que promovem o aproveitamento econômico de uma diversidade imensa de bens minerais, precisam estar imbuídas da responsabilidade de que, melhor do que parecer, é preciso fazer mais e melhor aos olhos da sociedade.
.......A mineração está, neste momento, entre o “valor e o valorizar”, porque, dita em versos, vem mostrar que ...
.......No coração da terra, riquezas escondidas,
.......Minerais que dão forma ao mundo moderno.
.......A mineração, força motriz, tão necessária,
.......Alimenta indústrias, a inovação acelera.
.......Mas não a qualquer preço, diz a voz da razão,
.......Pois o custo real não se mede em cifrão.
.......A natureza clama, com seu verde desbotado,
.......Pela consciência, pelo cuidado.
.......O ouro brilha, mas seu brilho pode custar,
.......Lagos e rios, que não podemos mais pescar.
.......A fauna e flora, em seu silêncio, protestam,
.......Contra a ganância que suas casas infestam.
.......É tempo de equilibrar, de inovar com sabedoria,
.......Para que a mineração não seja sinônimo de agonia.
.......Que a tecnologia avance, mas com sustentabilidade,
.......Preservando a vida, a diversidade.
.......Indispensável, sim, mas com visão de futuro,
.......Para que o legado deixado não seja só o escuro.
.......Mineração consciente, que sabe o valor,
.......De cada pedra, cada vida, cada flor.
.......Este poema(1) vem capturar a essência do debate sobre a mineração. Destaca a importância de encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. É um lembrete de que, embora a mineração seja vital, ela deve ser realizada com respeito ao meio ambiente e às comunidades afetadas.
.......(1): Em tempo: o poema é “Powered by AI”, originado da pergunta “a mineração é sustentável?”